quinta-feira, 29 de maio de 2008

Correio sentimental

Em casa da avó, ou após algumas horas de espera no dentista, já todos passámos pela maravilhosa experiência de folhear uma revista Maria, não adianta negá-lo. Ler uma revista Maria requer alguma arte. Primeiro ignoramos a capa e as entrevistas da treta, depois saltamos os prognósticos das novelas da moda e paramos na parte do correio sentimental e é aqui que começa a aventura. Ao longo dos anos, centenas (talvez milhares) de pessoas pedem conselhos para melhorarem a sua vida sexual e amorosa e a Maria, incansável, procura atender a todos os pedidos de ajuda por mais absurdos que pareçam.
Depois de algum tempo de pesquisa na Internet (5 min.), consegui recuperar algumas pérolas que nos deliciaram ao longo dos anos, e que se julgavam perdidas em alguns salões de cabeleireiro por debaixo de várias edições antigas da TVGuia e da Nova Gente. E assim vos brindo, caros Xaropistas, com o very best of Maria:



Bem... ainda há quem pense que 'desabrochar' significa 'tirá-lo da boca'.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A epopeia de Conês (capítulo III)

Nheta conduzia o camião com a perícia de uma Elisabete Jacinto a caminho de Dakar. Conês dormitava no lugar do pendura, embalada pelo traumatismo crânio-encefálico que sofrera horas antes. Acordou passadas umas horas quando o camionista não conseguiu evitar um buraco na estrada e a sua cabeça embateu no pára-brisas .
- Foda-se! – exclamou – Dói-me a cabeça até pescoço!
- É natural – respondeu Nheta – Por vezes a colisão da cabeça com um objecto um bocadinho mais duro causa alguma dor na zona de impacto. E é por isso que dói, percebes?
Conês não respondeu. Era impressionante a cultura de Nheta. Sentia crescer dentro de si uma paixão avassaladora por aquele camionista que, embora humilde, era dono de uma inteligência fora do normal. Sentiu um calor nas bochechas, estava a corar. Com medo que Nheta reparasse, virou o bico para a janela e foi observando os cães atropelados à beira da estrada...
- Coitaditos – disse Nheta – Morreram porque deixaram de estar vivos!
- És tão inteligente Nheta! – observou Conês – e tão esperto!
Nheta soltou um sorriso envergonhado com a observação da sua nova amiga. Conês soltou um peido, e riram-se muito os dois... Desde que saiu do ovo que Conês tinha dificuldade em lidar com as emoções. Sentimentos como o amor causavam-lhe soltura nos intestinos, mas com o tempo aprendeu a controlar-se e agora só solta um peidito aqui e ali... Mas aquele peido era sinal que Conês estava mesmo a apaixonar-se...

(TU BI CONTINIÚDE)

"That was a bad idea!"

Existem momentos que me tocam, que me deixam com um sorriso parvo na tromba e até uma lágrima no canto do olho. Pode ser lamechice, mas os primeiros passos de um bébé, um cachorrinho trapalhão brincando, o sorriso de uma criança no Natal não são momentos vulgares. Na minha opinião são momentos iluminados! O momento que se segue é um desses momentos... é um momento lindo, em que um homem frente a uma câmara, chega à conclusão que "não é uma boa ideia" deixar-se atropelar!

"That was a bad idea!" Nãããã...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A epopeia de Conês (capítulo II)

Era já noite quando Conês decidiu que tinha que parar. Havia já percorrido vinte mil éguas submarinas, e outras tantas assim assim. As suas pernas altas e esguias, outrora cobiçadas por dezenas de avestruzos, estavam marcadas pela dura viagem. Ele era crostas, feridas, calos, fracturas expostas e até um bloqueador colocado na noite anterior por um funcionário da É-mel quando Conês parou para uma mijinha...
Procurando por um motel de beira de estrada, os seus olhos percorreram a linha do horizonte. Quando ficaram cansados, Conês chamou os seus olhos de volta que lhe fizeram a seguinte sugestão:
-Conês, não vimos nada na linha do horizonte, que tal procurarmos na linha de Cascais?
- Ah e tal... –disse Conês – até que nem é má ideia, podíamos ir visitar a minha tia!
Os olhinhos de Conês pularam de alegria! Nunca tinham conhecido a tia de Cascais. Tentando voltar aos seus postos, rebolaram atrás de Conês que entretanto tinha marrado com os cornos no farolim de um camião de Tires que passava na estrada. Um dos olhitos conseguiu recuperar o seu lugar. O outro, coitadito, entrou no primeiro buraco que viu e passou a ser o Olho do Cu.
Assim que recuperou a visão, Conês viu que o camionista se debruçava sobre o seu corpo inerte tentando levantá-la.
- Lamento muito... – disse o camionista, um senhor calvo de seu nome Nheta.
- Não tem mal – disse Conês – foi só um arranhão!
Dito isto, Conês desfaleceu.
(TU BI CONTINIÚDE)

terça-feira, 20 de maio de 2008

A epopeia de Conês (capítulo I)

Era uma vez uma pequena avestruz que vivia atormentada por não ter marcha a trás. Esta deficiência prendia-a a uma profunda depressão que a impedia de fazer o que melhor sabia: caracóis!
Os caracóis da pequena avestruz, de seu nome Construtivínia Escolástica, eram já famosos em todo o centro comercial. A avestruz Conês, como era conhecida, fazia uns óptimos caracóis com natas, mas assim que percebeu que não tinha marcha a trás foi de marcha a frente para um lado qualquer, mais precisamente em direcção a outros destinos. E assim tem início a epopeia da nossa avestruz Conês, inicialmente movida pela vergonha, e mais tarde pelo gás (que a gasolina ‘tá cara p’ra caralho!).
(TU BI CONTINIÚDE)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dúvida 004

Limpar o pó??? Mas porque raio se limpa o pó?

"Ah e tal... o teu quarto 'tá cheio de pó!"


"Pois 'tá! Mas é um pó bué limpinho..."